sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

É fato...e contra fatos não existem argumentos..

Hitler e Lula: duas biografias

Ivar Hartmann

Os brasileiros – todos eles – queiram ou não, tem de entender: o PT não é Lula e Lula não é o PT. Plutarco, sacerdote, magistrado e historiador, um dos poucos greco-romanos, morreu pelo ano 120 DC. É conhecido por sua obra Vidas Paralelas em que compara a vida de figuras importantes da antiguidade, como Alexandre e César. São 46 biografias comparadas, duas a duas. Vamos então comparar os do título. Ambos saíram de suas terras natais (Áustria e Nordeste) tocados pela miséria. Ambos, sem estudos, buscaram ocupações manuais. O primeiro foi um pintor malsucedido como artista, o segundo se profissionalizou como metalúrgico e perdeu um dedo na máquina que trabalhava. Portanto, ambos foram incompetentes nestas atividades e, se tivessem dado certo, a história seria outra. Ambos denunciavam, quando jovens, as injustiças praticadas contra os menos afortunados. Hitler falando do sofrimento do povo alemão após perder a Primeira Guerra. Lula criticando a ganância dos patrões. Os dois foram presos em função da sua atividade política. Soltos, cada um fundou um partido político para fazer aquilo que julgava o certo para seu país. Um e outro, na sua origem, propugnava defender os interesses da maioria da população, contra os desmandos das classes ricas. Melhores dias para o povo. Tornaram-se chefes de seus partidos. Tinham (ou tem) a capacidade de comover multidões com suas palavras e mentiam (ou mente) para suas plateias, ávidas de boas novas.
Ambos começaram seus governos sob os melhores auspícios e terminaram destruindo seus legados. Ambos, Chefes de Estado, tentaram cooptar países menores para sua área de influência, o primeiro pela força, o segundo por doações aos governos. Ambos mantiveram (ou mantém) ditadores moldáveis a custa de ouro e presentes. Ambos registraram ganhos espetaculares de dinheiro, para si e seus familiares (Hitler para Eva, Lula para Lulinha), incompatíveis com seus salários. Ambos, acostumando-se a ser governantes, abdicaram da simplicidade para aproveitar o que de bom disponibiliza a vida moderna. E, ao final, ambos destruíram seu legado, trocando um nome na história, por ações indignas de qualquer governante ou ser humano. Foi quando casaram os interesses públicos aos pessoais, imaginando-se acima do direito, da justiça, da honra, da lealdade. Dos seus conterrâneos em geral. Traíram, infamemente, seu passado.

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