sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Nova CPI da Petrobrás é instalada na Câmara dos Deputados


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Em meio às expectativas sobre as denúncias de envolvimento de políticos na Operação Lava Jato, deputados instalaram nesta manhã a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás na Câmara. Os trabalhos devem ser presididos pelo peemedebista Hugo Motta (PB) e a relatoria deve ficar com o ex-ministro da Pesca e das Relações Institucionais Luiz Sérgio (PT-RJ). Em plenário lotado, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) abriu a sessão questionando a participação na comissão de parlamentares que receberam financiamento eleitoral das empreiteiras implicadas na Operação Lava Jato.
Ele pediu a destituição dos parlamentares que tenham recebido doações de OAS, Camargo Corrêa, Sanko, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, UTC e Toyo Setal, sob a alegação de que a permanência dos indicados levantaria suspeitas sobre a isenção dos trabalhos. Entre os que receberam recursos das empreiteiras estão Motta e Luiz Sérgio. Valente aproveitou para registrar a candidatura à presidência da CPI.
O foco da CPI é investigar as irregularidades na Petrobrás entre 2005 e 2015, denúncias de superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil, averiguar a constituição de empresas subsidiárias e sociedades com o objetivo de praticar atos ilícitos na estatal, investigar o afretamento de navios de transporte, plataformas e sondas e apurar supostas irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e venda de ativos da Petrobrás na África.  A CPI tem 27 deputados titulares e o mesmo número de suplentes. Os trabalhos devem ser realizados em 120 dias.

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