quinta-feira, 9 de abril de 2015

Agripino Maia será liderado pela filha de Roberto Jefferson

Diógenes Dantas
A fusão do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) com o Democratas (DEM) deve ser confirmada nos próximos meses, mas ainda deve superar alguns obstáculos.
Na segunda-feira (6), a executiva do DEM aprovou a união com margem folgada: 21 votos a 4.
Ontem, para constrangimentos dos líderes democratas, entre os quais o senador José Agripino Maia, a bancada do PTB no Congresso Nacional rejeitou a união imediata das duas siglas.
Deputados e senadores da legenda decidiram consultar as bases até setembro e manter os cargos que  o partido ocupa no governo, como o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pasta ocupada por Armando Monteiro (PE).
A deputada federal Cristiane Brasil (RJ), filha de Roberto Jefferson, delator do mensalão, presidente do PTB e futura líder do partido que será resultado da fusão, se apressou para dizer em nota que as negociações com o DEM continuam. 
Segundo ela, o que houve ontem foi apenas a apresentação de "pontos de vista" de parlamentares contrários.
Esse é o mesmo entendimento do deputado Benito Gama (BA), vice-presidente do PTB, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte na gestão de Rosalba Ciarlini. Para Benito, o processo é complexo, mas está indo bem.
A nova legenda terá cerca de 45 deputados federais.
Enrolado com o inquérito da 'Sinal fechado' no STF, José Agripino Maia abriu mão de presidir a legenda, que manterá a sigla do PTB e terá o atual número do DEM, o 25. Ou seja, Agripino será liderado pela filha de Roberto Jefferson, a Cristiane Brasil.
O senador potiguar foi cogitado para ser o líder no Senado, mas Ronaldo Caiado, atual líder do DEM, será mantido na função.
A conferir.

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