quinta-feira, 25 de junho de 2015

Tucanos: seis executivos viram réus por cartel no Metrô

Ex-governador José Serra com seu representante no RN, Rogério Marinho (Saco Preto)
Seis executivos das empresas Alstom, Tejofran, MPE e Temoinsa se tornaram réus na Justiça em São Paulo sob acusação de terem formado um cartel e fraudado licitações para a reforma de duas linhas do Metrô (a 1-Azul e a 3-Amarela) e a modernização de 98 trens em São Paulo.
O custo das obras e da modernização, estimado inicialmente em R$ 1,5 bilhão, consumiu R$ 1,7 bilhão. As disputas e contratações ocorreram entre 2007 e 2008, durante o governo de José Serra (PSDB). As investigações sobre cartel no Metrô e na CPTM abrangem o período que vai de 1999 a 2010, sempre em governos tucanos.
Os executivos podem ser condenados a penas que variam de 6 a 14 anos.
A juíza Cynthia Bezerra da Silva, no entanto, recusou o pedido de prisão do executivo César Ponce de Leon, que foi diretor da Alstom e hoje vive na Espanha. O promotor Marcelo Mendroni havia pedido a prisão do executivo por acreditar que, como ele vive fora do país, escapará de eventuais punições. De Leon, porém, se tornou réu por formação de cartel e fraude à licitação.
Os outros executivos que se tornaram réus são os seguintes: David Lopes, Maurício Memória e Wilson Daré (os três da Temoinsa), Telmo Giolito Porto (Tejofran) e Agadir Abreu (MPE).
Segundo o promotor Marcelo Mendroni, do Grupo Especial de Delitos Econômicos do Ministério Público, a divisão entre as empresas foi muito clara: “Não houve disputa alguma. Cada lote ficou com um consórcio”, disse à Folha.

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