domingo, 26 de julho de 2015

Fernando Freire não pretende assumir culpa sozinho e poderá apontar outros envolvidos

O mar da política local poderá agitar-se nos próximos dias, após a prisão no Rio de Janeiro do ex-governador Fernando Freire e sua remoção para o RN.
Circulam informações de que já era propósito de Fernando Freire apresentar-se à justiça e esclarecer situações e nomes de pessoas envolvidas na chamada “Operação Gafanhoto”(processo nº 20080020408) que o vitimou.
Haveriam fatos ainda desconhecidos da justiça, envolvendo até atuais detentores de mandatos, fornecedores, empresários, intermediários (lobistas), ex-auxiliares do seu governo e outras áreas.
Pessoas ligadas a Fernando Freire asseguram que ele não calará, por não pretender assumir a culpa sozinho, quando existiram vários outros beneficiários, alguns até agora não indiciados ou citados nos processos civil e criminal.
O ex-governador sentiu-se traído e abandonado por “ex-amigos“, que teria ajudado durante a sua curta administração à frente do governo potiguar.
Se ele realmente falar, a “Operação Gafanhoto” assumirá proporções até então desconhecidas da opinião pública.
Post scriptum – Caso se confirme a posição do ex-governador Fernando Freire vários aspectos jurídicos terão que ser ponderados.
Por exemplo, até que ponto os novos acusados poderão alegar a prescrição dos supostos delitos por eles cometidos.
Em princípio, salvo situações específicas, a contagem da prescrição não começa da época em que o processo criminal foi iniciado, nem tão pouco dos atos ilícitos praticados por ação ou omissão.
Neste caso específico, a regra geral do Código Penal é de que a prescrição somente terá início, após o dia de transito em julgado da sentença que condenou Fernando Freire.

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