terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

George Olímpio, o arrependido

O advogado George Olímpio, principal articulador do projeto de implantação, no Rio Grande do Norte, do sistema de manutenção e inspeção veicular, voltou à cena. Depois de ver questionadas as revelações feitas em acordo de delação premiada, o advogado que há alguns anos movia mundos e fundos numa tentativa de montar um negócio milionário, agora pede desculpas à sociedade norte-riograndense.
Olímpio afirma que as revelações feitas no acordo de delação premiada são frutos de uma reflexão e uma reforma íntima e pessoal.  Argumenta, também, que não falou movido pelo desejo de vingança. Candidamente, diz que se pudesse denunciaria apenas a si mesmo, mas está consciente de que se cometeu erros, não o fez sozinho.
Na carta distribuída à imprensa, diz que não cometeu injustiças e que dorme tranquilo. E num trecho do documento, pergunta o que vale: a palavra do delator ou dos delatados. E tenta esclarecer o que é verdadeiro: se suas declarações feitas em 2012 e registradas em cartório ou as revelações dadas após o acordo de delação premiada, feito com o intuito de obter o perdão judicial por crimes que teria cometido.
Ao término da leitura da carta, não se sabe quantos George Olímpio existem de fato. E qual o que fala a verdade. São vários personagens em um só. O falante, ambicioso e elegante advogado que vivia procurando autoridades em busca de apoio para o seu negócio milionário, o réu da fase inicial da Operação Sinal Fechado que disse, escreveu e registrou não ter pago propina a ninguém, o delator em busca do perdão judicial e o arrependido da carta, que só falta dizer que foi forçado a fazer o que fez.
Em qual deles acreditar? Eis a questão.


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